III Congreso Internacional
Historia a Debate
Santiago de Compostela, 14-18 de julio de
2004
Historia Mixta como historia global |
III.1. Historia mixta como historia global
O ESPECÍFICO, O GERAL, O REGIONAL E O GLOBAL: Reflexões Acerca da Participação do Historiador em Equipes Multidisciplinares de Análises Regionais Imediatas Prof. Dr. Cezar Honorato (LPP/UERJ - UFF /Brasil) A organização de um grupo de pesquisa acerca da riqueza e miséria numa região produtora de petróleo do Estado do Rio de Janeiro (Brasil), tem nos colocado questões teórico-metodológicas importantes e coerentes com os debates que vem sendo - ou deveriam ser - realizados pela HaD: a) Qual o papel do historiador nestes grupos que envolvem economistas, geógrafos, sociólogos e etc. Seria de somente apresentar "o que foi ou ocorreu" na região? Não seria o caso de analisar, utilizando as premissas do "fazer-se historiador" a história dos processos que ocorrem hoje? b) A participação do geógrafo é de apenas nos dar "o chão da História" ou a "longa duração "braudeliana"? E dos economistas, sociólogos, demógrafos, etc, é somente para fazer o papel de "ciências auxiliares da história" ? c) As peculiaridades da seleção e do trato das fontes pelo historiador não permitiriam um diferencial em relação aos demais cientistas, pela possibilidade de criação/análise de novas fontes e /ou formas de tratar as tradicionais? d) Em um mundo globalizado, as análises de processos regionais ou locais, dependendo da perspectiva teórica utilizada, não perderiam suas características específicas e localistas em face das interpenetrações entre micro e macro-história? e) A análise da dialética expansão da riqueza X aumento da miséria como podemos atestar na região referida não é uma problemática que se tornou constante sob o capitalismo mundial. Portanto, a análise integrada de uma localidade não pode gerar paradigmas ou referências que sirvam para o historiador realizar a análise de outras regiões ou processos?
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