Mesa N
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Carlos Fico
Universidade Federal do Rio de Janeiro
"Est� obsoleta a divis�o da hist�ria em �reas cronol�gicas?"
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>Uma considera��o particular que talvez sirva �s reflex�es da mesa: Em meu
pa�s (Brasil), temos observado uma leve tend�ncia ao abandono dos marcos
cronol�gicos tradicionais. Tal fen�meno, bastante recente (anos 1990),
expressa-se atrav�s de pesquisas que n�o tomam mais os grandes eventos da
pol�tica como pontos iniciais ou terminais dos trabalhos, mas que transitam
entre eles, criando �reas de interse��o. A cl�ssica periodiza��o hist�rica
brasileira foi criada pelos historiadores vinculados a institui��es
tradicionais do s�culo XIX (especialmente o "Intituto Hist�rico e
Geogr�fico Brasileiro"), de vi�s historicista, fundadores da nossa
"cronologia oficial" (balizada por alguns "fatos not�veis", como o
"Descobrimento" e a "Independ�ncia do Brasil"). Note-se, por�m, que a
tend�ncia mencionada n�o tem implicado em uma rediscuss�o da cronologia
tradicional, que continua servindo a fins did�ticos, do que decorre a
quest�o: at� que ponto as cronolgias fundadas pelas "hist�rias nacionais
>" de vi�s rom�ntico-historicista (e que constru�ram tais hist�rias como
epop�ias nacionais nas quais tais marcos eram os "grandes momentos") podem
(ou devem) ser abandonadas, haja vista sua grande divulga��o,
"naturaliza��o" e facilita��o did�tica e, por que n�o cogitarmos?, a
pr�pria efetividade da import�ncia desses fatos pol�ticos "not�veis"?
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